Era 2004 e voltei em 2006 para o nascimento de Alexander. Não pude assistir nada e ia visitá-lo
sempre à tarde sem evitar lembrar do poema
Descontrolem-se
acredito que os meus sonhos são revelações
mas guardarei da mediocridade o segredo do milagre
porque sempre foi tudo espera e enorme sobressalto
recoberta de algas retornarei um dia ao túmulo dentro do aquário
provocando-te impressão de eternidade
este poema é a metáfora da morte
barroco o meu cadáver na avenida
cercado pelos vivos de passagem
memória das coisas perdidas em velhos pátios circulares
o sonho de Balder
Odin suspenso nove noites em uma árvore
mas o paganismo não tinha missionários nem tampouco mártires
lembrem os visigodos escandinavos com suas fábulas mágicas
e porque agora vocês já nada mais sabem é preciso que eu grite de improviso
descontrolem-se
sejam apaixonados como os mitos nórdicos
mergulhem nos canais
delirem sob as pontes
embriaguem-se
e ressurjam molhados e selvagens
dançando completamente nus nas ruas centenárias
porque até onde se vai em liberdade
não existe mais volta
descontrolem-se
acredito que os meus sonhos são revelações
mas guardarei da mediocridade o segredo do milagre
porque sempre foi tudo espera e enorme sobressalto
recoberta de algas retornarei um dia ao túmulo dentro do aquário
provocando-te impressão de eternidade
este poema é a metáfora da morte
barroco o meu cadáver na avenida
cercado pelos vivos de passagem
memória das coisas perdidas em velhos pátios circulares
o sonho de Balder
Odin suspenso nove noites em uma árvore
mas o paganismo não tinha missionários nem tampouco mártires
lembrem os visigodos escandinavos com suas fábulas mágicas
e porque agora vocês já nada mais sabem é preciso que eu grite de improviso
descontrolem-se
sejam apaixonados como os mitos nórdicos
mergulhem nos canais
delirem sob as pontes
embriaguem-se
e ressurjam molhados e selvagens
dançando completamente nus nas ruas centenárias
porque até onde se vai em liberdade
não existe mais volta
descontrolem-se
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